<MOLD=2 pt><MF=27 mm><PF=15 mm><LF=164 mm><AF=259 mm><FIOH=2 pt><MF=27 mm><PF=40 mm><LF=164 mm>ATA DA SEGUNDA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA EXTRAORDINÁRIA DA DÉCIMA SEGUNDA LEGISLATURA, EM 29.12.1997.

 


Aos vinte e nove dias do mês de dezembro do ano de mil novecentos e noventa e sete reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às doze horas e trinta e três minutos foi realizada a chamada, sendo respondida pelos Vereadores Carlos Garcia, Cláudio Sebenelo, Clovis Ilgenfritz, Gerson Almeida, Hélio Corbellini, Isaac Ainhorn, João Carlos Nedel, João Dib, João Motta, José Valdir, Juarez Pinheiro, Lauro Hagemann, Maria do Rosário, Nereu D’Ávila, Paulo Brum, Pedro Américo Leal, Renato Guimarães, Tereza Franco, Helena Bonumá e João Carlos Maciel. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Anamaria Negroni, Antônio Losada, Cyro Martini, Décio Schauren, Eliseu Sabino, Guilherme Barbosa e Sônia Santos. Constatada a existência de "quorum", o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Em PAUTA, Discussão Preliminar, 2ª Sessão, esteve o Projeto de Lei do Executivo n.º 62/97, discutido pelos Vereadores Renato Guimarães, Isaac Ainhorn, Cláudio Sebenelo, Juarez Pinheiro e Paulo Brum. Às doze horas e cinqüenta e um minutos, nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Extraordinária a ser realizada a seguir. Os trabalhos foram presididos pelo Vereador Clovis Ilgenfritz e secretariados pelo Vereador Paulo Brum. Do que eu, Paulo Brum, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.

 

 

 


O SR. PRESIDENTE (Clovis Ilgenfritz): Passamos à

 

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

2ª SESSÃO

 

PROC. 3825/97 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N.º 062/97, que autoriza o Poder Executivo Municipal a contratar operação de crédito com a União, através da Caixa Econômica Federal, visando à implementação, no Município de Porto Alegre, do Programa PROTECH.

 

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Renato Guimarães está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. RENATO GUIMARÃES: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, voltei à tribuna para insistir numa questão. Nós fizemos contato com o Departamento de Habitação e arrolamos um conjunto de questionamentos que será trazido à Casa e expostos aos Vereadores para um maior esclarecimento em relação ao Processo e ao Projeto. O Projeto é de autorização de um financiamento, portanto o conjunto de interrogações que estão sendo feitas não é ao Processo de autorização do financiamento e sim ao Projeto da Vila Tecnológica que estamos buscando junto ao DEMHAB.

 

O Sr. João Dib: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Com este aparte eu não necessito mais falar em Pauta. Na realidade, aqui diz Vila Tecnológica de Porto Alegre a ser implantada no Bairro Humaitá. Eu sou engenheiro, eu fui Secretário de Obras, eu fui assessor de engenheiro, fui Prefeito, não consigo raciocinar sem uma planta de situação e o Presidente da Casa me diz que não estávamos votando o local onde vai ser feito, estávamos votando a verba. Não! Estamos votando as duas coisas.

 

O SR. RENATO GUIMARÃES: O Projeto é de autorização de financiamento e não de localização. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. João Dib está com a palavra. Desiste.

O Ver. Isaac Ainhorn está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. ISAAC AINHORN: Sr. Presidente, eu prefiro discutir este Projeto, que é o que está na Pauta - e é isso o que nos cumpre fazer -, a insistir com projetos para que estejam na Pauta. Acho que temos que dar tempo ao tempo e entender as urgências que o Executivo tem na gestão do Município. Eu compareço com a absoluta tranqüilidade de alguém que, muitas vezes, pode ser confundido com oposicionista intransigente, e que vota contrariamente a todos os projetos do Executivo que aqui comparecem, o que não é verdade. Nós temos uma posição de apoiar projetos que são fundamentais, e esse Projeto da Vila Tecnológica é um instrumento extremamente importante para a Cidade. A questão social grave é o que ele procura resolver, de forma parcial - inclusive tenta solucionar o problema da segurança de pessoas que se encontram em condições extremamente perigosas, e que tem como prioridade o atendimento a 96 famílias que estão localizadas no leito da Avenida Frederico Mentz, que estão embaixo de uma rede de alta tensão, onde já ocorreram graves acidentes. Nós temos exatamente a linha de pensamento de que esses recursos implementarão um programa extremamente importante que busca pesquisas de tecnologias alternativas na construção de habitações populares. Esse é um Projeto que, em nível federal, o Governo deveria se envolver e usar todos os seus institutos, estruturas de pesquisas e estudos na busca dessas tecnologias que se adequam a nossa realidade. O Brasil, com suas dimensões continentais, deve buscar alternativas. O perfil geográfico do Rio Grande do Sul é distinto do perfil de outros Estados, como os do Nordeste, onde o clima é completamente diferente, mas tem os problemas sérios, sobretudo quanto ao de habitação localizada em zonas de declive e aclive de alta periculosidade. Eu diria que as cidades da fronteira oeste têm realidades distintas, numa mesma cidade, aquelas regiões de uma determinada cidade que se encontram às margens do leito do rio Uruguai, elas têm que buscar tecnologias de habitação que façam com que essas populações não sejam obrigadas, com as enchentes, a serem evacuadas. Exemplo disso: Itaqui, que passou recentemente por uma grave situação; São Borja, nas áreas à margem do rio Uruguai.

O tempo de discussão são três minutos? Estranhamente este Vereador não pode desenvolver e discutir na totalidade do seu raciocínio, eis que marcavam apenas três minutos. Cinco minutos estão garantidos. Nós deveríamos voltar ao princípio do grande debate aqui nesta Casa, quando os projetos eram debatidos não por cinco minutos, mas por dez minutos, porque há matérias que se impõem. Eu sei que o Vereador situacionista José Valdir gosta de votar e não de discutir, não sei o que ele quer, certamente não é do seu perfil, porque da natureza do regime democrático, da natureza do perfil do debate popular, do debate do instituto do poder legislativo. Aqui invoco grandes figuras como Aloísio Filho, como Say Marques Fernandes, como o ex-Vereador Záchia, pai do nosso Ver. Fernando Záchia, cujos debates se prolongavam por horas e horas a fio, dentro desta Casa, mas há Vereadores que querem, - sobretudo, quando são governo, - empurrar goela abaixo.

Eu estranho, mas gostaria de dizer, para concluir, que este Projeto que busca a necessária autorização para um empréstimo junto à Caixa Econômica Federal para a implementação do Projeto da Vila Tecnológica é um Projeto extremamente importante e pioneiro, na medida em que foi construído e arquitetado dentro da cidade de Porto Alegre. Refiro a importância disso, sobretudo, a V. Exa., Ver. José Valdir, que neste ano presidiu a Comissão de Urbanização, Transporte e Habitação desta Casa. Invista nesta matéria, Ver. José Valdir, e discuta esse assunto, porque V. Exa. será consagrado pela população pobre e humilde desta Cidade. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Cláudio Sebenelo está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. CLÁUDIO SEBENELO: Senhor Presidente e Senhores Vereadores, está em debate na Pauta o programa de desenvolvimento de alternativas e difusão tecnológica que premia a Cidade de Porto Alegre, depois de autorização do Senado, com um empréstimo a juros de praça considerados insignificantes no valor de um milhão, cento e cinqüenta mil. No plano de trabalho está prevista uma contrapartida do Município de 700 mil, a soma dos dois dá um milhão oitocentos e cinqüenta e mais o que acima disso custar o empreendimento ou a Prefeitura Municipal de Porto Alegre vai pagar. Com base em um milhão e oitocentos e cinqüenta para 96 moradias, nós temos uma média aproximada de vinte mil reais por casa. Realmente seria muito para habitações de famílias reassentadas, mas também tem que se dizer que estão incluídos aqui custos de instalações básicas para formação de 96 moradias e fundamentalmente de pesquisas que são evidentemente mais caras e mais difíceis num projeto de implantação no Bairro Humaitá, onde participam no conselho técnico criado em 1995 o DEMHAB, a ULBRA, a SMIC, a SMOV, a UFRGS, a PUC, a UNISINOS, a CIENTEC, o CREA, o IAB, o Fórum de Reforma Urbana, o SIDISCON, FASPERGS, FAMURGS, SENAI, representantes do próprio PROTECH, e outros representantes. Através dessa iniciativa poderão ser assentadas 96 famílias que serão retiradas do leito da Rua Frederico Mentz, que vive em condições evidentemente precárias. Sobre esse aspecto o Projeto, não há dúvidas, é meritório e não há um Vereador que vai dizer que é contra esse Projeto.

O que se quer debater - e esse debate vai ser extremamente proveitoso para encaminhamento de outros Projetos - é:

Primeiro: a forma como isso chegará ao consumidor, isto é, isso é a doação, reassentando as pessoas num outro lugar, liberando a Frederico Mentz para outras destinações?

Segundo: em caso de inadimplência, como ficará a Prefeitura? Como fiador ou como responsável, sendo responsável o usuário? Que termos de contrato terão os usuários com a CEF, e quanto será a prestação desse imóvel? E esses imóveis não são uniformes, são módulos de imóveis, onde em cada um deles será usado um tipo de material e um tipo de pesquisa, e a melhor delas - por isso o mérito do Projeto - será utilizado para outras destinações, e especialmente esse "know-how" pode ser divulgado para todo o resto do País. Por que Porto Alegre não pode ter? Até aí , tudo muito bem.

Queremos discutir também as garantias operacionais, principalmente em relação ao ICMS e à alteração de crédito autorizado, que está dentro de ordem do Banco Central. Mas queremos saber o repasse para o usuário. Aí esse documento não é completo. Queremos dizer, em tese, primeiro, que é bom o Projeto; segundo, é altamente meritório do ponto de vista social; e, em terceiro lugar, queremos apenas esses tipos de esclarecimentos, que serão motivo para orientação em outros projetos dessa natureza. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Juarez Pinheiro está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. JUAREZ PINHEIRO: Senhor Presidente e Srs. Vereadores, acho que o debate já deixou clara a questão fundamental: a autorização para o financiamento para que venhamos buscar novas tecnologias, o barateamento e a qualificação da habitação na Cidade. A localização não é questão fundamental.

Nesse sentido, com várias intervenções já feitas aqui, acho que esta Casa já está em condições de votar. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Paulo Brum está com a palavra.

 

O SR. PAULO BRUM: Senhor Presidente e Srs. Vereadores, considero-me bastante esclarecido a respeito deste Projeto. Quero dizer que vou votar favoravelmente pelo bem da população mais humilde de Porto Alegre. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Não havendo mais inscrições, encerramos a presente Sessão.

 

 

(Encerra-se as Sessão às 12h51min.)

 

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